sábado, 17 de outubro de 2009

Dia do Piaui


Muito tempo antes do descobrimento do Brasil, o Piauí, segundo alguns sinais existentes, parece ter sido habitado por povos civilizados. Esses sinais foram mostrados pelo professor austríaco, Ludwig Schwennhagen, que acreditava ter sido a Pedra do Sal, em Parnaíba, a estação marítima dos antigos navegantes e as Sete Cidades, em Piracuruca, o centro de suas reuniões.

O Piauí era também habitado por indígenas, em virtude da influência do rio Parnaíba e seus numerosos afluentes bem como da lagoa de Parnaguá. Dentre os grupos indígenas encontrados no Piauí, na época do descobrimento, pode-se citar os tupis, os tapuias e caraíbas.

Inicialmente, as terras do Piauí receberam a denominação de Piagüí, nome dado pelos seus indígenas. Mais tarde, chamaram-nas Piagoí. Somente depois de algum tempo é que ficaram conhecidas por Piauí, que quer dizer "rio (i) de piaus (uma espécie de peixe).

Durante muito tempo após o descobrimento, o Piauí ficou em completo esquecimento. Só mais tarde um bandeirante paulista, Domingos Jorge Velho, penetrou em terras piauienses. Ele desbravou o território, cultivou a terra, construiu currais e criou gado. Depois disso continuou o seu caminho, desbravando novas regiões. Foi ele quem deu a atual denominação de Parnaíba ao rio que antes era conhecido como rio Grande dos Tapuias, Pará ou Punaré.

Pouco depois da passagem de Domingos Jorge Velho, chegou Domingos Afonso Mafrense, o colonizador do Estado. À margem do riacho Mocha, instalou-se na fazenda de Cabrobó, onde residiu por algum tempo. Logo depois, próximo a essa fazenda, formou-se um povoado com o mesmo nome, sendo alterado algum tempo depois para Nossa Senhora da Vitória do Brejo da Mocha do Sertão do Piauí.

Com o desenvolvimento da lavoura e da criação de gado, o povoado desenvolveu-se e foi elevado à categoria de vila, com o nome de Mocha. Mais tarde, passou à condição de cidade com o nome de Oeiras.
Logo após a criação da vila de Mocha, foram criadas no Piauí as seguintes vilas: Parnaguá, Jerumenha, Campo Maior, São João da Parnaíba (atual cidade de Parnaíba), Marvão (atual Castelo do Piauí) e Valença.

Na segunda metade do século XVII, o gado abriu caminho para a ocupação do Estado do Piauí, demarcando as suas fronteiras. Os rebanhos trazidos por sertanistas, deixando o rio São Francisco, desceram os rios Gurguéia e Piauí, percorrendo a região que vai do Gurguéia ao Poti para se fixarem em terras piauienses.

As principais povoações do Piauí, depois transformadas em vilas e cidades, cresceram a partir das fazendas de criação de gado. A carne, servindo de alimentação, e o couro, servindo como vestuário, permitiram a sobrevivência dos desbravadores pioneiros.

Por causa da sua localização geográfica, próxima ao litoral, Parnaíba foi a primeira vila piauiense a tomar parte nos movimentos pela independência.

Em 19 de outubro de 1822 foi proclamada, em Parnaíba, por Simplício Dias da Silva, João Cândido de Deus e Silva, Domingos Dias, entre outros, a independência do Piauí, e D. Pedro I aclamado imperador constitucional. Nessa data, comemora-se o Dia do Piauí. Entretanto, o Piauí ficou sob domínio português até 24 de janeiro de 1823, quando o Brigadeiro Manoel de Sousa Martins declarou o Estado independente em Oeiras.

Em 13 de março de 1823, travou-se, à margem do rio Jenipapo, em Campo Maior, a mais sangrenta batalha entre brasileiros e portugueses pela independência nacional, cognominada até hoje como Batalha do Jenipapo. Nela centenas de piauiense e voluntários cearenses perderam a vida ou foram capturados, escrevendo com o seu sangue uma das páginas mais gloriosas da história nacional.

Depois de o Piauí tornar-se independente, a vila da Mocha foi escolhida para a capital, recebendo o título de cidade e o nome de Oeiras, em homenagem ao conde de Oeiras, que mais tarde passou a ser chamado Marquês de Pombal. Como a cidade floresceu rapidamente, tornou-se o centro mais importante do novo Estado.

Desde os tempos coloniais, entretanto, pensava-se em mudar a capital do Piauí para as margens do rio Parnaíba, pelo fato de Oeiras ser uma cidade de difícil comunicação, criando dificuldades ao governo e ao comércio. Apesar de justos os motivos, a mudança só se fez muito tempo depois, no ano de 1851, graças ao Conselheiro José Antônio Saraiva. Às margens do rio Parnaíba, foi escolhida a Chapada do Corisco para a criação da Nova Vila do Poti. Pouco depois, surgiram as primeiras casas e a Igreja de Nossa Senhora do Amparo. No ano seguinte, a Nova Vila do Poti foi elevada à categoria de cidade, com o nome de Teresina, em homenagem a D. Teresa Cristina, imperatriz do Brasil.

A instalação definitiva da capital em Teresina foi realizada no dia 16 de agosto de 1852.

sábado, 10 de outubro de 2009

A parabola da rosa


Certa vez, um homem plantou uma roseira e passou a regá-la constantemente.

Assim que ela soltou seu primeiro botão que em breve desabrocharia, o homem notou espinhos sobre o talo e pensou consigo mesmo: "como pode uma flor tão bela vir de uma planta rodeada de espinhos?"

Entristecido com o fato, ele se recusou a regar a roseira e, antes mesmo de estar pronta para desabrochar a rosa morreu.

Isso acontece com muitos de nós com relação à nossa semeadura.

Plantamos um sonho e, quando surgem as primeiras dificuldades, abandonamos a lavoura.

Fazemos planos de felicidade, desejamos colher flores perfumadas e, quando percebemos os desafios que se apresentam, logo desistimos e o nosso sonho não se realiza.

Os espinhos são exatamente os desafios que se apresentam para que possamos superá-los.

Se encontramos pedras no caminho é para que aprendamos a retirá-las e, dessa forma, nossos músculos se tornem mais fortes.

Não há como chegar ao topo da montanha sem passar pelos obstáculos naturais da caminhada. E o mérito está justamente na superação desses obstáculos.

O que geralmente ocorre é que não prestamos muita atenção na forma de realizar nossos objetivos e, por isso, desistimos com facilidade e até justificamos o fracasso lançando a culpa em alguém ou em alguma coisa.

O importante é que tenhamos sempre em mente que se desejamos colher flores, temos que preparar o solo, selecionar cuidadosamente as sementes, plantá-las, regá-las sistematicamente e, só depois, colher.

Se esperamos colher antes do tempo necessário, então a decepção surgirá.

Se temos um projeto de felicidade, é preciso investir nele. E considerar também a possibilidade de mudanças na estratégia.

Se, por exemplo, desejamos um emprego estável, duradouro, e não estamos conseguindo, talvez tenhamos que rever a nossa competência e nossa disposição de aprender.

Não adianta jogar a culpa nos governantes nem na sociedade, é preciso, antes de tudo, fazer uma avaliação das nossas possibilidades pessoais.

Se desejamos uma relação afetiva duradoura, estável, tranqüila, e não conseguimos, talvez seja preciso analisar ou reavaliar nossa forma de amar.

Quando os espinhos de uma relação aparecem, é hora de pensar numa estratégia diferente, ao invés de culpar homens e mulheres ou a agitação da vida moderna, ou simplesmente deixar a rosa do afeto morrer de sede.

Há pessoas que, como o homem que deixou a roseira morrer, deixam seus sonhos agonizarem por falta de cuidados ou diminuem o seu tamanho. Vão se contentando com pouco na esperança de sofrer menos.

Mas o ideal é estabelecer um objetivo e investir esforços para concretizá-lo.

Se no percurso aparecer alguns espinhos, é que estamos sendo desafiados a superar, e jamais a desistir. Quem deseja aspirar o perfume das rosas, terá que aprender a lidar com os espinhos.

Quem quer trilhar por estradas limpas, terá que se curvar para retirar as pedras e outros obstáculos que surjam pela frente.

Quem pretende saborear a doçura do mel, precisa superar eventuais ferroadas das fabricantes, as abelhas.

Por tudo isso, não deixe que nenhum obstáculo impeça a sua marcha para a conquista de dias melhores.