sexta-feira, 31 de maio de 2013

Pelo direito de não fumar, uma decisão cristã


No dia mundial de luta contra o tabagismo é importante ou até conveniente fazermos uma reflexão espiritual e cristã. Santo Tomás afirmava que se uma pessoa era obrigada a praticar o bem, ela podia fazer uma coisa boa, porém não era boa.

A política do politicamente correto invade muitas vezes a liberdade civil do cidadão, tratando a este como um infante ou menor. Há campanhas contra o fumo que estão a beira da criminalização do ato de fumar. Não deixa de ser verdade o dano social, que o tabagismo semeia, e o alto preço que ele ocasiona para a saúde pessoal.

Nesta mesma linha tem que se respeitar o direito do não fumante, a não ser obrigado a inalação de fumo passivamente, uma situação de veras mais gritante é o do embrião no ventre materno de uma mãe fumante. Por isso, um cristão deve valorizar muito a sua saúde, pois nosso corpo pertence a Jesus, e somos pelo batismo templos do Espírito Santo.

Foi para liberdade que o Espírito de Deus nos libertou, e toda dependência de uma droga mesmo denominada social é uma ameaça ao autodomínio e a temperança, virtudes que nos ajudam a seguir a Cristo. O amor ao irmão fumante, nos coloca na atitude de respeito, ajuda e intercessão, despertando a consciência do malefício do fumo, e pelo menos a ter a caridade de não poluir o ambiente e o espaço dos não fumantes.

É possível e digno libertar-se do fumo, recuperando o gosto e o sabor das coisas, a beleza e significado religioso do simples ato de respirar, e a liberdade de viver sem as amarras da dependência química do cigarro. O fumo não trás alegria nem glamour, o verdadeiro encanto e prazer está numa vida saudável, sóbria e equilibrada.

Dom Roberto Francisco Ferreira Paz/CNBB

sábado, 25 de maio de 2013

Redes sociais, verdade e fé

Cinquenta anos atrás, em dezembro de 1963, a Igreja Católica, ao realizar o Concílio Ecumênico Vaticano II, tratou o importante tema da Comunicação Social, com o Decreto Inter Mirifica. Focalizada como uma das maravilhosas intervenções da técnica no nosso tempo, a comunicação social com todas as mídias, é considerada como força de movimentação, não somente dos indivíduos, mas de toda a sociedade.

Nesse curso de invenções admiráveis está o mundo cibernético. Uma revolução de impressionantes proporções que nos leva ao contexto impactante das redes sociais. Essa realidade, bastante contemporânea, foi especialmente refletida durante o 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais, no âmbito da Igreja Católica, em todo o mundo, a partir da temática “Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização”.

A Igreja sabe que sua missão evangelizadora não pode ser realizada com êxito nos tempos atuais sem o uso das mídias. Além disso, reconhece o quanto é importante, na tarefa de anunciar o Reino de Deus, contracenar nesse amplo e complexo mundo das comunicações em razão da verdade e da fé, dom que é preciso ser cultivado no coração de todos.

Já no contexto do Concílio Vaticano II, quando eram inimagináveis as proporções e alcances dos avanços que estavam por vir, já se acenava para uma dimensão moral inerente aos próprios avanços tecnológicos. Essa dimensão moral não pode ser esquecida, sob pena de transformar ferramentas significativas na construção do bem e da verdade em instrumentos que destroem valores inegociáveis para a vida.

Indispensável, portanto, é que os operadores e usuários de meios de comunicação balizem suas atuações numa reta consciência que leve ao compromisso com o bem e a verdade, fundamental na construção da sociedade democrática e no respeito às diversas culturas. Quando se trata, por exemplo, do direito à informação, tão importante para o diálogo e construção da sociedade, são cruciais a investigação e a divulgação de notícias.

Esse exercício hoje, com as redes sociais, firma-se como um cuidado especial presidido por preocupações e compromissos imprescindíveis. Não se pode, é claro, abrir mão das informações enquanto determinantes no progresso da sociedade, na dinâmica da formação e na admirável interdependência entre os membros da sociedade humana.

Nesse contexto, são impressionantes os intercâmbios, com inusitada rapidez, que podem produzir encaminhamentos com força de mudança, instituindo espaços para reflexão e opiniões. Vale lembrar a previsão clarividente do Concílio Vaticano II como regulação desses fluxos impactantes dos meios de comunicação.

O documento Inter Mirifica sublinha que o honesto exercício do direito à informação “exige, todavia, que a comunicação no seu conteúdo seja verdadeira e, resguardadas a justiça e a caridade, íntegra; além disso, quanto ao modo, seja honesta e conveniente, isto é, respeite escrupulosamente as leis morais, os seus legítimos direitos e a dignidade de cada homem, tanto na procura de notícias quanto na sua divulgação”.

A atenção e zelo com o uso das redes sociais devem, portanto, favorecer sempre o diálogo, o nascimento de novas formas de comunidades e a construção da vida por meio de novas relações. Um horizonte, de fato, potencialmente rico, mas que apresenta uma série de exigências e cuidados.

Pode ser um caminho para necessárias transformações sociopolíticas, permitindo a construção de estaturas mais democráticas e humanísticas nas dinâmicas das diferentes culturas. Para tal, esses espaços precisam ser bem usados, respeitando privacidades, ocupados de modo responsável e a partir do compromisso com a verdade, determinante para o progresso de toda a família humana.

As redes sociais constituem possibilidades permanentes para o desenvolvimento de relações, laços de amizade, busca de respostas e partilha de conhecimento. São parte determinante do tecido social. No entanto, e por isso mesmo, exigem redobrada atenção e compromisso com a verdade.

A voz da razão, na avalanche de informações, nas possibilidades de participação e intercâmbios, não pode ser abafada. As argumentações, notícias e debates precisam ser bem fundamentados cultivando formas de discurso que não sacrifiquem aspirações nobres, insubstituíveis na busca do bem e da verdade.

Nesse caminho, a fé tem um lugar importante. Vivida, professada e anunciada no ambiente digital, ela é um compromisso da Igreja Católica na missão de cultivar os valores do Evangelho nos espaços midiáticos. Por isso, a CNBB está finalizando seu Diretório Nacional de Comunicação, uma contribuição significativa para que a verdade e a fé sejam sempre horizontes imprescindíveis para os caminhos dos diversos meios de comunicação.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo/CNBB

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Na modernidade ainda se reza?


Conta-se que Kant, o filósofo mais influente dos últimos 200 anos, reconhecia a inteligência superior, presidindo a harmonia de todo o universo. Mas declarou que, se fosse “apanhado” por alguém, dedicando-se à oração, sentir-se-ia envergonhado.

Eis aqui alguém que não descobriu o Deus pessoa, o amigo que pode ser encontrado no mais profundo do nosso eu. Trata-se de um órfão, que se sente apenas ligado à família humana, mas não sabe que o Criador o convidou a fazer parte da família divina. Isso levou a humanidade a se pôr na resistência contra o diálogo com a divindade.

Uma pessoa emancipada é tentada a não rezar. Um líder não se ajoelha, dizem. Imagina que tem nas mãos a solução dos problemas. Não precisa apelar a ninguém para abrir caminhos. Mas o bom Pai não os abandona. “Cristo morreu também pelos pecadores” ( Rom 5, 6).

É mais do que certo que o ser humano não deve esperar as coisas caírem do céu, como dádiva. Pura outorga. A orientação que recebeu é outra. “Mão trabalhadora mandará; mão preguiçosa servirá” (Prov 12, 24).

É preciso acreditar em si e pôr mãos à obra, com gosto e inteligência. Mas daí a abandonar a oração, como desnecessária, vai uma distância absurda. O ser humano, dentro do universo visível, é o único que tem capacidade de entrar em comunicação com o Ser Superior. Essa atitude benevolente com o “Pai Justo”, é capaz de encher a alma. Dá uma sensação de plenitude.

Mas não tem vínculo necessário com a consolação interior, ter o coração inebriado de alegria. As pessoas que aprenderam a orar, não buscam doçuras. Mas são inclinadas a serem pessoas que amam a justiça e a verdade, e não se subordinam a que outras pessoas sejam injustiçadas. Também o verdadeiro orante tem fortaleza de ânimo, sabe onde quer chegar, e não se deixa abalar por entraves e maquinações.

E finalmente – é sempre a Mestra Santa Teresa que o ensina - quem descobriu o valor da oração torna-se uma pessoa humilde, abandona qualquer arrogância, e sabe avaliar os pontos de vista dos mais humildes. Nós todos devemos chegar ao ponto de apreciar a oração como uma respiração da alma. “Mestre, ensina-nos a orar” ( Lc 11, 1).

Dom Aloísio Roque Oppermann/CNBB

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Cáritas Brasileira Regional Piauí lançou em Floriano Projeto Provendo vidas

Foi realizado na tarde da última quarta-feira (15), no auditório da diocese de Floriano, o lançamento do Projeto Provendo vidas, uma intervenção da seca do semiárido piauiense.



O seminário foi apresentado pela comissão gestora dos municípios. O projeto de intervenção a realidade da seca do semiárido nordestino na diocese de Floriano é realizado pela Cáritas Brasileira, que por meio do Regional Piauí, em parceria com a Cáritas Alemanha, empregará recursos de combate à seca em dois municípios; serão contempladas as cidades de Pavussu e Nazaré do Piauí.

O público alvo do Projeto Provendo vidas são as famílias carentes do semiárido, em especial as famílias da área rural.

Serão feitos investimentos em atividade de produção de alimentos e capacitação das famílias para convivência com o semiárido.



Entre as ações a serem realizadas estão implantações de unidades produtivas de horticultura, criação de pequenos animais, recuperação e implementação de obras hídricas (cisternas, pequenas barragens, perfuração de poços), entre outros.



A entidade atua também na formação de educadores e comunidades para a educação contextualizada à região, valorizando os saberes e as culturas locais.

Participaram do lançamento do Programa padres, leigos, grupos, pastorais e movimentos de paróquias da diocese de Floriano.



A Cáritas Brasileira promove a Convivência com o Semiárido a partir da mobilização e organização comunitária. Desde 1999, mais de 100 mil famílias foram atendidas com obras hídricas e mais de 70 mil com atividades educacionais e produtivas.

Fonte: Florianonews.com/

Diocese de Floriano promoveu reunião geral do clero

O bispo da diocese de Floriano, dom Valdemir Ferreira dos Santos, reuniu na manhã da última quarta-feira (15), todos os padres da diocese para a reunião geral do clero. De acordo com o bispo, os padres participaram de maneira ativa do momento de avaliação e de encaminhamento de algumas funções das atividades da igreja.



A reunião do clero acontece ordinariamente uma vez a cada mês, onde são pontuadas as questões internas de cada paróquia, como também da diocese de modo em geral.



No encontro desta quarta-feira (15), foram discutidas as necessidade básicas da diocese em relação de assessoria jurídica, assessoria de comunicação, assessoria de contabilidade, entre outras.



Dom Valdemir Ferreira informou que na manhã da última terça-feira (14), a diocese de Floriano recebeu a visita de dom Severino, dispo da diocese de Nazaré, estado do Pernambuco.

Na reunião foi tratado da OVS (Obra das Vocações Sacerdotais). A ideia do encontro era discutir a criação da maior OVS autossustentável dentro da diocese de Floriano, uma vez que atualmente ela precisa de apoio vindo de outras regiões para manter seus seminaristas.

Além deste tema, na visita do bispo pernambucano foi debatido também sobre o tema central da CNBB que foi refletido este ano pela igreja católica, que fala sobre a renovação das paróquias.

Fonte: Florianonews.com/