quinta-feira, 28 de julho de 2011

Convite para PROFISSÃO SOLENE DE FREI EDUARDO FERREIRA DE BRITO, OFM


A Província Franciscana "Madonna delle Grazie" (Benevento - Itália), a Fundação Missionária Franciscana Nossa Senhora das Graças (Floriano PI) e familiares convidam para a PROFISSÃO SOLENE DE FREI EDUARDO FERREIRA DE BRITO, OFM

30 DE JULHO DE 2011 - às 19h
IGREJA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
Rua Coelho Rodrigues, 513 - Ibiapaba
FLORIANO PI

"Não preciso de mais nada, conheço Cristo pobre e crucificado". (2 Cel 105)

Frei Eduardo Ferreira de Brito, ofm

Estudante de Teologia

É natural de São Francisco do Piauí (PI). Nasceu no dia 10.07.1981 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 8.01.2006. Cursa o 4º ano de Teologia, no Instituto Teológico Franciscano, em Petrópolis RJ. Reside na Fraternidade Franciscana São Francisco, em Campos Elíseos - Duque de Caxias RJ (Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil). É frade da Fundação Missionária Franciscana de Nossa Senhora das Graças, em Floriano, Piauí.

E-Mail: ofm_floriano@yahoo.com.br
Tel.: (89) 3522 1380 / Tel./Fax.: (89) 3521 1254

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Dia do motociclista.


Hoje, 27 de julho comemora-se o dia do motociclista. Para comemorar esta data e garantir a segurança durante o exercício dessa paixão, que é o motociclismo, seguem aqui algumas dicas: Os "12 Mandamentos" do Motociclista.

O motociclista Lucas Pimentel valendo-se de sua experiência a frente da ABRAM - Associação Brasileira de Motociclistas elaborou de maneira clara e prática uma lista contendo os "Doze Mandamentos" para a segurança dos motociclistas no trânsito.

A Associação Brasileira de Motociclistas (Abram) tem uma lista com "Doze Mandamentos" para a segurança dos motociclistas nas ruas e nas estradas brasileiras:

1 – Mantenha a motocicleta sempre em ordem

Verifique a calibragem e o estado geral dos pneus; cheque o funcionamento do farol, setas, lanterna e luz de freio; verifique o cabo, lonas, ou pastilhas, fluido e a regulagem se for freio hidráulico; confira o cabo, e a regulagem da folga ideal do sistema hidráulico; revise os amortecedores traseiros e as bengalas dianteiras quanto a vazamentos; verifique a vela, cachimbo e cabo; troque periodicamente o conjunto de coroa, corrente e pinhão; tenha sempre a mão a CNH e o CRLV; utilize o protetor de pernas (mata-cachorro) e a antena anti-cerol.

2 – Pilote utilizando equipamentos de segurança

Capacete aprovado pelo Inmetro; calça e jaqueta de tecido resistente (preferencialmente de couro); botas ou sapados reforçados e luvas (de preferência de couro).

3 – Reduza a velocidade

Quanto menor a velocidade, maior será o tempo disponível para lidar com o perigo de uma condição adversa ou situações inesperadas, como mudança súbita de trajetória de outro veículo.

4 – Atenção e concentração

O ato de pilotar motocicletas exige muita atenção do motociclista, por isso evite se distrair.

5 – Respeite a sinalização de trânsito


Conheça e respeite os sinais e as placas de trânsito.

6 – Cuidado nos cruzamentos

Os cruzamentos são os locais de maior incidência de acidentes de trânsito, então redobre a atenção e reduza a velocidade ao se aproximar dos mesmos, principalmente nos cruzamentos sem sinalização de semáforos.

7 – Cuidado nas ultrapassagens

Sinalize as manobras com antecedência e certifique-se de que você realmente foi visto pelo motorista a ser ultrapassado. Tenha cuidado ao passar entre veículos, principalmente ônibus e caminhões.

8 – Cuidado com pedestres

Lembre-se de que o pedestre tem prioridade no trânsito urbano. Seja cordial e fique alerta para os pedestres desatentos, principalmente crianças e idosos.

9 – Seja visto

Ao pilotar à noite, use roupas claras e com materiais refletivos.

10 – Alcoolismo

Está comprovado que bebida e direção não combinam. Então, se beber, não pilote. Fique vivo no trânsito.

11 – Mantenha distância

É imprescindível manter uma distância segura dos veículos à frente (cerca de cinco metros), principalmente em avenidas e rodovias.

12 – Cuidado com a chuva

Redobre a atenção, reduza a velocidade e evite freadas bruscas; lembre-se de que nestas condições o tempo de frenagem é duas vezes maior que o normal.

Elaborado por Lucas Pimentel, presidente da Associação Brasileira de Motociclistas(ABRAM).

Fonte: www.abrambrasil.org.br

sábado, 23 de julho de 2011

Deus existe?


Um dia, um médico materialista resolveu questionar um de seus pacientes que ele sabia ser seguidor de alguma religião.

Enquanto examinava o rapaz o médico foi logo perguntando:
"Você tenta ajudar os outros com a sua doutrina?"
"Sim!" Respondeu.
"Você já viu Deus?"
"Não!" Disse o paciente.
"Você já ouviu Deus falando?"
"Não!" Falou o homem.
"Você já sentiu alguma presença real divina?"
"Não!"
"Pois bem", completou triunfante o médico, "temos aí três argumentos contra, e um a favor da existência de Deus. Logo se conclui que, segundo a lógica, não existe nenhum Deus."
O paciente então perguntou ao médico:
"Você, como médico, já viu uma dor?"
"Claro que não!" Respondeu rápido.
"Você já provou uma dor?"
"Não!"
"Você já cheirou uma dor?"
"Não!"
"Você já sentiu uma dor?"
"Sim!" Disse finalmente o médico.
"Pois bem," concluiu o paciente, "temos aí três argumentos contra e um a favor da existência da dor. Apesar disso, você sabe que existe a dor, e eu sei que Deus existe!"

Contra qualquer lógica vigente, sabemos que Deus existe;
Como o ar que não podemos tocar, como a dor que não podemos cheirar, como o som que não podemos enxergar.

Provar a existência de Deus nunca será fácil pela lógica humana, ou por experiências cientificas. Não se pode conter o mar dentro de um balde, assim como não podemos comportar em nossa mente tão grandioso mistério, que é a presença de Deus.

O fato de não podermos ver algo não quer dizer que este não exista. Acreditamos apenas no que podemos ver, Mas o próprio Cristo nos alerta quando fala a Tomé: você acreditou porque viu, felizes o que acreditaram sem ter visto (Jo, 20:27-29).

Pense nisso!

Tudo pronto para a 12ª Romaria da Terra e das Águas do Piauí .


Está tudo pronto para a 12ª Romaria da Terra e da Água do Piauí. O evento acontece nos dias 30 e 31 de julho em Campo Maior. Naqueles dias, os representantes de todas as dioceses do Piauí se reúnem na Romaria para propor à sociedade e poder público uma reflexão sobre a convivência do homem com o meio ambiente.

A cada ano a Romaria vem sendo realizada em consonância com a Campanha da Fraternidade, este ano, a 12ª Romaria da Terra e da Água do Piauí tem como tema "Salvar a Terra e Salvar a Água é Salvar a Vida", frase curta, mas com uma mensagem direta: Se você não preservar o meio ambiente, será difícil manter a vida no planeta, inclusive de seres humanos.

A programação em Campo Maior tem início com a acolhida dos romeiros de todo Piauí entre 8h e 12h do dia 30 de julho. Às 14h acontecem os seminários temáticos em seis paróquias diferentes da cidade, seguido de um momento de espiritualidade. Às 18h haverá um dos momentos mais fortes desta Romaria, o "abraço" ao Açude Grande, gesto que visa conscientizar sobre o grau de poluição naquele que um dia foi a fonte de abastecimento de água em Campo Maior.

Ainda no dia 30 todos os romeiros participam de uma Tribula Livre às 19h, encerrando as atividades do dia com uma Noite Cultural animada com o show de Zé Vicente. No dia 31 todos participam da Eucaristia às 5h da manhã, seguida do envio dos romeiros.

Fonte: CNBB

domingo, 17 de julho de 2011

Joio, Trigo, e Paciência...


Não há no calendário da igreja, pelo menos não tenho conhecimento, de uma santa com o nome de Paciência, apesar disso, ela é muito invocada pelas pessoas, quando alguém faz algo de errado, "Tenha Santa Paciência!" eu cresci ouvindo essa expressão que acho bem interessante e oportuna para a reflexão do evangelho de hoje, pois o homem paciente é aquele que sabe esperar, empenhando-se em construir algo novo, acreditando que o seu trabalho dará resultado, ainda que os frutos só sejam colhidos pelas gerações futuras.

O Reino de Deus não cai do céu já pronto, e nem acontece no imediatismo, mas como em um gigantesco quebra-cabeça, cada peça vai sendo colocada, até que no final iremos todos ver uma belíssima obra, e, das comparações que Jesus fez sobre o reino, a mais fiel é a parábola da semente, algo que precisa ser plantado, cuidado, cultivado, para poder germinar, e depois de germinado tem de ser muito bem conservado e mantido, ou seja, a edificação do reino é algo permanente em nossa vida, que um dia, na visão beatífica iremos contemplar e poder admirar toda sua beleza, e ainda mais, sentir uma imensa alegria ao perceber que ajudamos a construí-lo.

Mas quem é que planta uma semente hoje e espera que amanhã ela já brote e se transforme em uma planta? É preciso não ter pressa, nem para ver a semente germinar, nem para colher os frutos, que se arrancados da árvore fora de tempo, não estarão maduros e nenhum prazer trará a quem o comer. Eis o grande mal que afeta a relação entre as pessoas, nos dias de hoje: a falta de paciência!
Talvez como conseqüência da relação homem versus máquina, dos avanços da tecnologia e da informática, que nos permite no toque de uma tecla, ver ou ter de imediato, aquilo que se quer, não se faz mais nenhum esforço para abrir um portão, que é eletrônico, acender um fogão, ligar a TV ou mudar de canal, sem levantar-se do sofá, e até controle eletrônico para o som do carro, o que eu acho um absurdo.

E assim, acabamos transportando para a relação com as pessoas, esse imediatismo, quando queremos resultados, ou mudanças de comportamento, as grandes empresas investem largamente em cursos de treinamento, porque querem resultado imediato na linha de produção. Mas as pessoas não são máquinas, programadas para nos atender, elas tem autonomia, são movidas por sentimentos, emoções, temperamento, estão sujeitas a fraquezas, pequenos enganos ou erros atrozes, são volúveis, capazes de amar e odiar, ao mesmo tempo, o homem é um mistério, um verdadeiro Fenômeno, como define o conteúdo da obra de Pierre Teilhard de Chardin.

E diante de toda essa complexidade humana, em Jesus descobrimos que o Pai nos ama, e que o seu amor é paciente, compassivo, tolerante e sabe esperar, confiando no ser humano, quando o chama para viver a vocação do amor.

Entretanto, embora alcançado pela graça de Deus, o homem não consegue refletir para o semelhante essa imagem e semelhança, com Aquele que é a essência do puro amor, pois a impaciência, a intolerância e o radicalismo, acaba prevalecendo em lugar do amor que tudo suporta e tudo crê, falta paciência com os pais, com os idosos, com as crianças, com os enfermos, com os pobres, com a esposa, com o esposo, com os netos, com os alunos, com a equipe de trabalho, com os que são diferentes, no aspecto cultural, econômico, político, religioso, onde fazemos, de simples adversário um inimigo mortal.

O que Jesus nos pede neste evangelho é justamente isso, a paciência de crer e saber esperar o novo reino, ajudando a construí-lo no meio dos homens, com todo empenho, dedicação e seriedade, o verdadeiro cristão jamais pode ser radical ou imediatista, pois seria ingenuidade desejar fazer acontecer o reino á toque de caixa, na família, na comunidade, no trabalho, na escola ou na política, infelizmente ainda há muitos cristãos que se sentem frustrados por não ver resultado do seu trabalho.

São aqueles que não aceitam que haja joio em meio ao trigo, fecham-se em seus grupos, suas comunidades, seu pequeno mundo, e são sempre impulsionados a querer arrancar o joio de suas relações, ignorando que a palavra de Deus e a verdade do evangelho, quando testemunhadas de maneira autentica, tem poder sim, para transformar qualquer joio em trigo, resultado da obra da salvação, desejada por Deus e realizada plenamente por Jesus através da sua igreja.

Colaboração, José da Cruz (Diácono Permanente da Paróquia Nossa S. Consolata -Votorantim)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Fraqueza e poder.

A lei do mais forte revela sua fraqueza quando não for realmente forte para servir e promover o mais fraco. Caso contrário, ela se torna imensa covardia e manifestação de pequeno caráter de quem a usa para massacrar e aproveitar-se do mais frágil. Isso, infelizmente, é muito presente na história da humanidade.

Jesus veio ser verdadeiro e pleno sinal de contraste com essa prática. Grandioso Deus se fez criaturinha frágil, nascendo sem o mínimo conforto e vivendo pobremente. Ele lembra que não tem nem onde reclinar a cabeça. Não aceitou a violência nem mesmo para se defender. Assumiu o martírio e provou que a última palavra não é a de quem pode matá-lo em sua natureza humana, nem mesmo a realidade da morte. Sua vida nos provou que o amor e o serviço ao semelhante é o que vale na nossa caminhada pela terra. O mais deve ser empregado nessa direção.

A realização justa do ser humano inclui o necessário para uma vida digna. Mas isso não pode dar asa a que uns tenham demais e, muito menos, à custa do que seria de benefício aos outros. Enquanto não houver justiça nessa terra, é preciso de quem tenho o “tutano” da vitalidade do amor de Deus para a promoção da vida de sentido nesse planeta. Sua influência vai ser forte em todo contexto humano. A formação do caráter deve ser básico na constituição e no desenvolvimento da família e em toda a convivência social.

Os poderes variados vão, assim, ser usados para o serviço à causa da vida das pessoas e do planeta onde vivemos. Serão usados para se erradicarem os mecanismos de morte e tudo o que faz pisar sobre os mais fragilizados em todas as dimensões. O livro da Sabedoria lembra o poder de domínio para o exercício da misericórdia e a atitude de alguém ser humano para com os frágeis: “A tua força é o princípio da tua justiça, e o teu domínio sobre todos te faz para com todos indulgente... o justo deve ser humano” (Sabedoria 12, 16.19).

Jesus nos lembra a necessidade de sermos indulgentes para com o próximo, da mesma forma em que pedimos semelhante atitude de Deus para conosco. Paulo lembra a ação do Espírito que nos auxilia: “O Espírito vem em socorro da nossa fraqueza” (Romanos 8,26).

Não entendemos porque há tantas pessoas maléficas, invejosas, vingativas, mentirosas, trapaceiras e desonestas. Procuram fazer o mal ao semelhante. Usam da política para beneficiar a si e seus comparsas em detrimento de grandes parcelas pobres. Já na parábola do joio e do trigo temos a narrativa de fato semelhante do homem que semeou a boa semente e o inimigo a má. No entanto, a colheita marcou o resultado do bom produto (Cf. Mateus 13,24-43).

A fraqueza dos maus está no pensamento de que sua grandeza no malefício será a palavra final. O criminoso, por exemplo, pode até pensar que vai ficar ileso e tirar vantagem de seu ato malvado.

Às vezes sua condenação e penalização podem não se dar nesta terra, se bem que as maiores são a de ele mesmo saber que a grandeza da pessoa está na dignidade e no bem. Mas a última palavra é a do próprio Deus, que nos recompensa pelo bem que tivermos feito ao semelhante. Esta é a real grandeza e a maior conseqüência do que realizamos nesta caminhada terrena.

Colaboração, Dom José Alberto Moura, CSS (Arcebispo Metropolitano de Montes Claros – MG)

Comunicação é mais que meio


Prossegue Seminário de formação para bispos no Rio de Janeiro

O I Seminário de Comunicação para Bispos do Brasil (SECOBB), no Centro de Estudos e Formação Sumaré, no Rio de Janeiro, abordou na manhã dessa quarta-feira os temas “Processos e Meios: uma introdução ao fenômeno da comunicação” e “Evolução dos modelos da comunicação e a construção dos sentidos”.

Palestraram aos 62 bispos presentes os professores Elson Faxina, da Universidade Federal do Paraná, e Mauro Wilton de Souza, da Escola de Comunicação e Arte (ECA/USP – São Paulo).

Segundo informa o portal da arquidiocese do Rio de Janeiro, os professores deram ênfase ao fato de que a comunicação é, antes de tudo, um processo social. De acordo com eles, é preciso compreender a sociedade em que se vive, pois não dá pra falar de comunicação sem que se situe o indivíduo historicamente.

“Comunicar passou a ser a própria forma de subsistir”, disse o conferencista Mauro Wilton.

Já o professor Elson Faxina disse que “hoje a comunicação é muito mais que meio. É cultura. Os meios são, agora, uma forte instituição. É o momento da pluralização de imagens”.
As abordagens revelaram que a sociedade está diante de um novo paradigma, o ciberespaço: onde não há mais a verticalização do emissor, porque todo receptor é emissor também.

De acordo com os conferencistas, essa nova realidade social demanda uma necessidade de conexão com o virtual para que se esteja em contato com os indivíduos.

“Se eu não estou conectado, minha capacidade interativa é muito menor”, destacou Mauro Wilton.

A abrangência comunicacional que o celular proporciona foi destacada. As redes sociais também foram especialmente citadas como aquelas que resgatam o conceito de comunidade, as novas formas contemporâneas do estar junto.

“As novas mídias socializam tudo, são mediadoras culturais de um processo em trânsito”, afirmou o professor da ECA.

Crimes na internet

No período da tarde, os bispos discutiram o tema "Cibercultura, redes sociais e crimes na internet".

A delegada Helen Sardenberg, da Polícia Civil, Titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, quis mostrar aos bispos quais são as práticas mais recorrentes de crimes pela internet.

Ela disse que não existe uma prática única e específica de delito pela rede. Segundo a delegada, os crimes mais frequentes são contra a honra: calúnia, difamação e injúria.

A delegada afirmou que a prevenção contra os crimes é de responsabilidade de todos: pais, educadores, iniciativa privada e poder público.

Após a apresentação, os bispos se dividiram em grupos para refletir como poderiam repassar aos sacerdotes e leigos a importância de se trabalhar os valores e a ética no mundo da cibercultura e das redes sociais.

Fonte:http://www.zenit.org/

sábado, 9 de julho de 2011

Semear a Palavra de Deus.


"Um semeador saiu a semear ..." É o início da parábola que está no centro do Evangelho deste 15º. Domingo do Tempo Comum (Mateus 13,1-23); um início simples, quase trivial, como parece mais óbvio em seguida: no difícil terreno palestino de então, a semente espalhada "como chuva" cai apenas parcialmente em terra boa, onde irá dar frutos, em grande parte se perde no terreno seco, ou entre as pedras ou entre espinhos.

Com algumas exceções, todas as parábolas apresentam semelhantes traços da vida comum, de pouco interesse à primeira vista: a pesca pobre ou abundante, um homem assaltado por ladrões em uma estrada solitária, um pai que luta com os delírios dos filhos, dois homens que vão orar, uma mulher que percebe ter perdido uma moeda, uma outra prejudicada por falha na justiça.

Pode-se perguntar de onde vem o encanto dessas histórias, ainda vivas após dois mil anos em um mundo mudado radicalmente. A resposta, paradoxalmente, está no fato de que elas não mostram circunstâncias extraordinárias, mas sempre a partir dos pequenos problemas em que nos encontramos presos ou que conhecemos e que hoje também poderiam nos afetar: problemas de todos, como sempre, essencialmente os mesmos que há dois mil anos atrás – mudou apenas no modo externo. Por isso nos envolvem, pois numa ou noutra podemos nos reconhecer, mas muitas vezes as vivemos de uma forma superficial, entediados ou irritados. As parábolas nos fazem descobrir uma dimensão mais profunda, que as removem da banalidade e conferem ao cotidiano toda a espessura da vida real.

A parábola do semeador é um exemplo claro. Jesus faz a narração, como Ele mesmo depois explica, para comparar o semeador a Deus, a semente à sua Palavra, e os diferentes tipos de terrenos para as diferentes formas em que os homens se colocam diante dessa.
Aqueles que não a aceitam ficam tão secos como a estrada; as pedras e os espinhos indicam os que receberam a Palavra, mesmo com entusiasmo, mas, superficialmente, sem deixar criar raízes, de modo que na primeira dificuldade a colocá-la em prática a abandonam, e apenas aqueles que realmente a fazem própria dão seu fruto abundante A parábola é, portanto, um convite para não ser superficial em relação à fé, a tomar consciência de que acolhê-la com coerência dá valor a cada momento da vida.

Mas em transparência da parábola, deduz-se também outra coisa. Por exemplo, que Deus não se desinteressa pelos homens; o fato de que lhes dirija sua palavra demonstra que Ele tem cuidado de orientá-los para o bem. Nesse sentido, a parábola ocupa um tema já presente no Antigo Testamento, como se pode ler, entre outras, na bela página dos profetas escolhida hoje como a primeira leitura (Is 55,10-11): "Assim diz o Senhor: Como a chuva e a neve descem do céu e não voltam para lá sem irrigar a terra, sem a ter fecundado e feito brotar para que possa dar a semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra da minha boca...."

A parábola do semeador implica que, como Deus espalha sua Palavra sobre os homens, o mesmo acontece com cada um de nós: as nossas palavras, aquelas ditas e não ditas, quando na verdade elas deveriam ser ditas, aquelas faladas e aquelas caladas, feitas de gestos e comportamentos, nunca são sem consequências; como a pedra lançada no lago, sempre produzem ondas que se espalham fora de proporção, de longo alcance, produzem nos outros reações, opiniões, atitudes.

Muitas vezes não pensamos, mas todos nós somos semeadores. Assim, se de um lado a consciência de influenciar sobre os outros dá sentido a todo momento e, em seguida, afirma que a vida, na realidade, nunca é trivial, de outro lado é para perguntar-se que semente lançamos ao nosso redor? A diferença entre Deus-semeador e o homem-semeador é esta: Deus sempre espalha a boa semente, que dá frutos abundantes em quem a recebe, enquanto nós sabemos lançar sementes envenenadas, que fazem sofrer. Talvez, às vezes, não tenhamos consciência disso, e é a nossa desculpa, por isso mesmo temos de avaliar cuidadosamente o que semeamos.

São Paulo Apóstolo, na passagem de Romanos que lemos neste domingo, nos faz lembrar do nosso destino eterno, fazendo-nos tomar consciência de que, mesmo os mais terríveis sofrimentos de hoje ou de uma vida inteira, são bem pouca coisa, temporalmente, concretamente, se comparados com a felicidade eterna, para a qual caminhamos, na medida em que fazemos tesouro da Palavra de Deus e não apenas a ouvimos, mas a praticamos.


Bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e vivem-na todos os dias, nós cantamos juntos na liturgia eucarística, como se pode rezar na oração inicial da Missa de hoje, "Aumentai em nós, ó Pai, com o poder do vosso Espírito, a disponibilidade para acolher a semente de vossa palavra, que continuais a semear sobre toda a humanidade, para que frutifique em obras de justiça e de paz e revele ao mundo a bendita esperança do vosso reino".
Em outras palavras, um forte apelo à nossa responsabilidade pessoal sobre a adesão à Palavra de Deus que nós ouvimos durante as várias celebrações religiosas ou que podemos meditar pessoalmente, tomando em nossas mãos a Sagrada Escritura e lendo-a sistematicamente. Se não podemos fazer pessoalmente, porque limitados no tempo e nas condições físicas, valorizemos todas as oportunidades que nos dão as comunidades paroquiais, e também os múltiplos meios de comunicação que oferecem serviços à Palavra, tais como Internet, televisão, rádio, jornais, imprensa, revistas de todos os tipos. É importante valorizar e estudar o texto sagrado e, em sintonia com ele, conduzir a nossa vida pessoal para a santificação e salvação eterna, vocação de todo filho de Deus.

Entender o que o Senhor quer para cada um de nós é o primeiro passo para a felicidade, passando pela purificação do coração e da mente, exatamente como nos diz o trecho do Evangelho deste domingo – décimo quinto do tempo comum. Se o nosso coração ainda está duro, árido, sem qualquer valor moral não poderá jamais dar uma resposta produtiva à Palavra, que também entra e toca a sua profundidade. É preciso abrir o coração para acolher a Palavra e levá-la para a vida, transformá-la em exemplo vivo.

Colaboração, Dom Orani João Tempesta (Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro – RJ)

Grupos de coroinhas realizarão encontro diocesano no município de Floriano.


Os Grupos de Coroinhas das paróquias Nossa Senhora na das Graças, Senhora Sant’Ana e São Pedro Alcântara, realizarão um encontro diocesano em Floriano.

O Encontrão será realizado nos dias 15,16 e 17 de Julho, no Colégio Agrícola de Floriano (CAF) localizado na BR-343 (Km 3,5) do bairro Meladão em Floriano – PI.

Neste ano o evento terá como o tema: “Servidores de Cristo” e lema: “Eu vim para servir e não para ser servido” (Mt 20,28), procurando mostrar seus trabalho na arte de servir e evangelizar.

O encontro não será apenas para os coroinhas, e sim para todos aqueles que tiverem interesse em se tornar coroinha ou os desejarem adquirir novos conhecimentos.

O pré-requisito para participar do encontro é estar na faixa etária entre 10 a 17 anos de idade.

As inscrições estão sendo realizadas na sacristia da igreja São Pedro de Alcântara (matriz) de Floriano e com coordenadores dos grupos de coroinhas.

O objetivo deste encontro é de despertar as crianças e os adolescentes para o verdadeiro amor e respeito à Sagrada Eucaristia e a discernir na reflexão, a servir a Cristo e a comunidade. No encontro teremos alegria, animação, brindes, oração, palestra, show e noite cultural.

No dia 15 de Julho o encontro começará às 15h (quinze horas) e o encerramento será com a missa às 19h na Igreja Catedral Matriz de São Pedro de Alcântara do dia 17 de Julho.

domingo, 3 de julho de 2011

A promessa do rei.


Um discípulo queixava-se com o seu mestre: - Por que muitos que se dizem tão sabidos não estão dando mais nenhuma confiança à religião?

Como resposta, o homem de Deus contou-lhe esta história: - Certa vez havia um rei que fez a solene promessa de nunca se manchar de sangue por nenhuma razão. Aconteceu que um homem, ao soldo de um rei inimigo, atentou contra a vida dele. Não conseguiu e foi pego na hora. O rei não mandou matá-lo, mas o enviou de volta para o mandante dele com esta mensagem: ”O seu sicário foi pego antes de consumar o meu assassinado. Mas eu o perdoei e lho envio de volta com um pouco de inveja. Com efeito, o senhor tem um servidor corajoso e leal“.

No entanto, quando o preso foi entregue ao seu rei, este o mandou degolar imediatamente: não porque havia fracassado na missão, mas por suspeitar que ele havia sido libertado, por sua vez, com um plano para matá-lo. Aquele rei não podia absolutamente acreditar que fosse possível perdoar e colocar em liberdade um homem culpado de ter tentado homicídio, se não por algum obscuro desenho. Assim, muitos que se dizem tão sabidos neste mundo, não conseguem acreditar que por atrás do ensinamento religioso não tenha alguma coisa que os possa prejudicar. Preferem degolá-lo logo!

Com essa reflexão não quero contradizer os que afirmam estarmos vivendo um momento espetacular com as religiões. Deus está em alta. Nunca tivemos tantos templos nas nossas praças, ruas e avenidas. Templos de todo tipo, tamanho e cores, mais ou menos barulhentos. Nunca tivemos tantos pregadores gritando e invocando o nome de Deus e de Jesus.

Nunca tantos canais de televisão apresentaram igual quantidade de milagres e falações. Painéis, cartazes, panfletos e músicas religiosas são incontáveis. Deveríamos já estar muito perto do céu, ou, ao menos, todos no caminho certo. Parece que não é bem assim. Notícias de violências, injustiças, desvios de dinheiro público, falcatruas e fraudes enchem jornais e noticiários.

O que está faltando? Claro que não posso responder a uma pergunta tão intrigante em poucas linhas. Simplesmente convido a todos a refletir sobre religião e religiões. Duas palavras, hoje, ajudam-nos a entender o que está acontecendo: relativismo e sincretismo. Relativismo significa que tudo é considerado como tendo o mesmo valor.

Com isso, muitos acabam pensando que uma religião vale a outra, não se preocupam de conferir. Basta que fale, mais ou menos, de Deus, seja gratificante e interfira o menos possível na vida particular e social das pessoas. Desse jeito, o primeiro resultado é a incerteza em definir a própria fé. Este Deus perde a identidade, vira um “João Ninguém” ao qual se pode atribuir tudo e qualquer coisa.

Por sua vez, sincretismo significa, para simplificar, a mistura de tudo um pouco. É a “gororoba das crenças”, sem gosto e sem graça. Cada um pega o que mais e somente lhe agrada. O resultado, infelizmente, é de novo o mesmo: um Deus “arlequim”, sem um rosto e um jeito claro e definido. Assim “Deus” pode ser manipulado ao gosto do freguês, não incomoda e nem atrapalha a vida de ninguém.

No final, porém, não serve mais para nada. Este Deus não ensina nada de novo e nem motiva a vida de ninguém, porque tudo o que cheira compromisso, participação, comunidade, conversão, fidelidade, instituição é cortado logo. Em nome de uma mal entendida liberdade cada um faz o que quer e acredita no que acha melhor ou mais vantajoso para si. [...]

Em tempos de tantas vozes e de tantas mensagens, religiosas e não, devemos buscar a palavra certa. Em época de incertezas, precisamos encontrar o caminho seguro. A não ser que também nós tenhamos perdido a confiança e vivamos com a suspeita de sermos sempre enganados. Onde tem desconfiança desaparece a fé. Para os cristãos devia ser o contrário.

Colaboração, Dom Pedro José Conti (Bispo de Macapá – AP)