domingo, 29 de setembro de 2013

Homens e mulheres da Bíblia, hoje e sempre


No seu livro "Sobre o Céu e a Terra", o Papa Francisco faz questão de ressaltar o quanto Deus quis e quer o mundo, e como Deus considera a bondade que existe no mundo. Na página de abertura da Bíblia, logo no primeiro capítulo do livro do Gênesis, o autor sagrado afirma seis vezes que Deus considerou bom a tudo o que fez (Gn 1, 10.12.18.21.25.31).

Mas, observe: o fato de o autor ter mencionado seis vezes – e não sete, como era de se esperar – indica que há imperfeições no mundo. Sete seria o número perfeito. Seis é o número do quase perfeito. Há um "quase"! Falta uma demão de tinta na criação do mundo. Deus deixou a você a tarefa de dar essa demão de tinta. Você também é criador.

É isso que viemos observando nesses dias do mês da Bíblia: como viveram e atuaram os homens e mulheres dos quais aquelas páginas se ocuparam. O último gesto do Gênesis não significa que Deus parou de criar. A última palavra do Apocalipse não significa que Deus deixou de falar.

Ele cria e fala, agora, através de mim e de você. Deus não desistiu de criar e de falar com o homem e pelo homem. Mas há momentos em que Deus fala mais forte. Um deles foi a visita do Papa Francisco na JMJ.

De tudo o que vi, o que mais me chamou a atenção foi a disposição do Papa em vir ao nosso país de carro e coração abertos. Nenhum vidro separando, nenhum medo desmotivando.

Ele subia e descia do papamóvel, abraçava as pessoas, agarrava no ar objetos que lhe eram atirados, sentava-se, levantava-se, e descia outra vez... E isso se repete na Praça de São Pedro, em Roma. E irá se repetir de novo em todos os lugares por onde ele passar.

Será que ele não tem medo? – perguntam as pessoas.

Mas do que ele teria! – respondo eu. De um atentado e da morte? Pois eu acredito vivamente que ele esteja tão consciente da sua missão, e da presença de atuação de Deus nela que, diante disso, a morte perdeu seu posto de nossa mais antiga inimiga. “Nem a morte nem a vida... poderão nos separar do amor de Deus...” (Rm 8,38).

Talvez essa seja a maior pregação do Papa Francisco ao angustiado e amedrontado mundo moderno. É nisso que ele se tornou porta-voz de Deus a um mundo que de tão centrado em si mesmo perdeu seu próprio centro. Nem a morte impõe medo àquele homem que, aos 76 anos, resolveu começar tudo de novo, disposto a ir até o fim.

Com voz mansa e jeito certeiro, ele continua um caminho traçado desde Abraão, seguido depois por incontáveis homens e mulheres, que a seu modo escreveram a letra de Deus no mundo, falaram Sua voz, amaram com o amor Dele, mostraram o Seu jeito de ser.
Você também, meu amigo, minha amiga, é herdeiro daquele caminho. Você topa seguir por onde aquela trilha lhe levar? Então, pise firme nas pegadas que foram deixadas. E não se esqueça de pedir: "Senhor, não desista de mim. Se eu me perder, como ovelha, procurai-me" (Salmo 119,176).

Dom José Francisco Rezende Dias/CNBB

domingo, 22 de setembro de 2013

Papa defende a participação da Igreja nas redes sociais

O papa Francisco disse neste sábado (21) que é importante "a atenção e presença da Igreja Católica no mundo da comunicação", como nas redes sociais, para dialogar com os homens e levá-los ao encontro com Cristo.

Durante a audiência de hoje aos participantes na Assembleia Plenária do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, Francisco destacou a importância da Igreja na comunicação, sem esquecer, contudo, que o importante é a mensagem e não a aquisição de sofisticadas tecnologias. "O panorama comunicativo converteu-se pouco a pouco, para muitos, em um ambiente vital, uma rede onde as pessoas se comunicam e ampliam os horizontes dos seus contatos e relações", disse o papa.

O pontífice ressaltou que a Igreja deve assumir como papel no mundo da comunicação, por meio do diálogo "com os homens e as mulheres de hoje, para compreender as suas expetativas, as suas dúvidas e esperanças". "Na atual era da globalização, estamos assistindo ao aumento da desorientação, da dificuldade para trabalhar relações profundas", disse.

Francisco disse que, por isso, é importante que a Igreja saiba dialogar, "entrando também nos ambientes criados pelas novas tecnologias, nas redes sociais, para tornar visível" a sua presença.

Terra.com

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Fé e devoção deram início ao Cerco de Jericó na Paróquia Nossa Senhora das Graças

Teve início na terça-feira (17), na Igreja de Nossa Senhora das Graças, bairro Ibiapaba, o 12º Cerco de Jericó. A abertura do cerco aconteceu às 19h30 com a Santa Missa, celebrada pelo pároco Frei James Carneiro e pelo Vigário paroquial Frei Erivelton Pereira de Passos.


O Cerco de Jericó é marcado por sete dias e sete noites de adoração ininterrupta a Jesus no Santíssimo Sacramento. Os vários grupos, pastorais e movimentos da Paróquia se revezam para participar do importante momento e fazer as orações em preparação aos festejos de São Francisco de Assis, que terão início no dia 25 de setembro.

A inspiração para o Cerco de Jericó encontra-se na Bíblia Sagrada, no capítulo 6 do livro de Josué. O texto nos conta que antes de chegar à terra prometida o povo de Israel se viu diante das grandes muralhas de Jericó que o impediam de prosseguir a caminhada.


Obedecendo a voz de Deus, Josué, sucessor de Moisés e líder do povo, convidou os Israelitas a orarem durante sete dias e sete noites rodeando as muralhas de Jericó, tendo a frente à Arca da Aliança, sinal da presença de Deus que caminha com seu povo. Josué e os Israelitas acreditaram na promessa divina de que no sétimo dia durante a sétima volta, as muralhas cairiam e eles alcançariam a vitória, o que de fato aconteceu!

O Santíssimo Sacramento estará exposto para adoração até a próxima terça-feira (24), no salão do ECC, em frente à Igreja de Nossa Senhora das Graças, onde todos são convidados a participar e clamar ao Senhor pela queda das muralhas que constantemente se erguem na vida dos cristãos.


O encerramento do Cerco de Jericó será marcado pela tradicional procissão, as 18h00, que realiza sete voltas em torno da Praça da Igreja, seguida de celebração eucarística.

FlorianoNews

domingo, 15 de setembro de 2013

Frei James é confirmado pároco da Paróquia de Nossa Senhora das Graças

Na manhã deste domingo (15), foi realizada a missa solene de posse do Frei James Carneiro, como Pároco na Paróquia Nossa Senhora das Graças, bairro Ibiapaba, em Floriano, prestigiada por centenas de fiéis católicos, que lotaram a Igreja Matriz.
A celebração foi presidida pelo bispo diocesano de Floriano, Dom Valdemir Ferreira e concelebrada pelos religiosos Frei Antônio e Frei Erivelton Pereira, vigários paroquiais da mesma Paróquia.

Seguiu-se a leitura da Provisão que confirmou Frei James Carneiro pároco da Paróquia de Nossa Senhora das Graças. Da leitura do termo de posse, ressaltou-se que compete ao pároco fazer com que a Palavra de Deus seja integralmente anunciada na Paróquia e aos paroquianos recebê-lo, como legítimo pastor, auxiliá-lo no bom desempenho da sua missão e unir-se a ele pela oração e pela atividade apostólica.
Após a homilia, procedeu-se a renovação das promessas sacerdotais. Nesse momento o novo Pároco foi interrogado publicamente para manifestar sua disposição de cooperar com o Bispo, trabalhando em comunhão com a Igreja. Frei James prestou seu juramento a Dom Valdemir Ferreira perante a assembleia presente, prometendo cuidar com zelo da Paróquia que lhe foi entregue.

Na missa solene foram ainda entregues ao Pároco os símbolos do seu ministério: as chaves da Igreja e do sacrário.

FlorianoNews

CNBB divulga material da Campanha para Evangelização 2013


Já estão disponíveis para download no site da Conferência os materiais da Campanha para a Evangelização 2013. O evento tem início na solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo em 24 de novembro e se estende até o 3º domingo do Advento. A Coleta Nacional será realizada em 15 de dezembro nas paróquias e comunidades do Brasil. O resultado é todo direcionado para os trabalhos de evangelização, nos vários níveis: diocesano (45% do total arrecadado), regional (20%) e nacional (35%).

"A campanha existe para arrecadar recursos para os projetos de evangelização, sendo importante para a sustentabilidade dessas ações na Igreja. Também busca atender as estruturas eclesiais que estão a serviço da missão evangelizadora. Por isso, é necessário que todos participem para que alcancemos os objetivos esperados", motiva o secretário executivo da CE 2013, padre Luiz Carlos Dias.

A Campanha para a Evangelização foi instituída pelos bispos em 1997 e realizada pela primeira vez em 1998, com o objetivo de despertar nos fieis o compromisso evangelizador e a responsabilidade pela sustentação das atividades pastorais da Igreja no Brasil. A CE tem o slogan "evangeli.já", que faz referência a palavra evangelizar.

O presidente da Comissão Episcopal da Campanha para a Evangelização, dom Murilo Ramos Krieger, explica o lema "Eu vos anuncio uma grande alegria!", proposto para este ano.

"Queremos que a CE de 2013 seja marcada pela alegria - alegria que nasce do dom que o Pai nos faz de Seu Filho Jesus no Natal; alegria pelo privilégio de termos sido chamados para ser evangelizadores. Por isso, escolhemos como lema da CE de 2013 o anúncio dos anjos aos pastores de Belém".

CNBB

sábado, 14 de setembro de 2013

Médicos e Padres


Não é fácil, e talvez nem convenha, comparar médicos com padres, ou vice-versa. Mesmo que, para se ressaltar a importância da profissão de médico, se costume dizer que ela é um verdadeiro "sacerdócio". Mas aqui a comparação entre médicos e padres, é colocada a propósito da polêmica instaurada nacionalmente, a respeito da contratação, ou não, de médicos estrangeiros para exercerem sua profissão em municípios que não dispõem do atendimento médico por profissionais brasileiros.

Faltam médicos brasileiros. Faltam padres brasileiros. Aí sim é possível fazer algumas ponderações. Diante da falta de padres brasileiros, a Igreja sempre esteve muito aberta para acolher padres estrangeiros. E o povo sempre recebeu bem os padres vindos de outros países, especialmente da Europa, mas também do Canadá e até dos Estados Unidos.

Para dimensionar melhor o que significou para a Igreja do Brasil a presença de padres estrangeiros é revelador conferir quantos deles acabaram sendo eleitos bispos. Nas últimas décadas, somando os que já são agora eméritos, passa de cem o número de bispos estrangeiros colocados à frente de dioceses no Brasil. Isto representa, propriamente, um terço do episcopado brasileiro.

Claro que a análise deste fato comportaria outros ingredientes que ajudariam a explicar a composição do clero brasileiro. Mas o dado mais eloquente a ser levado em conta é, sem dúvida, a disposição de acolher, sem restrições nem reservas, a presença de padres estrangeiros, com plena jurisdição pastoral.

Esta atitude contribuiu, certamente, para confirmar a fama do Brasil ser um país aberto à universalidade, acolhedor da diversidade, sem maiores problemas de convivência com o diferente, pronto para a harmonia de relacionamentos com pessoas de outras culturas.

O fato evidente é este: a presença de padres estrangeiros foi muito positiva, tanto para o atendimento pastoral das comunidades católicas, como para o conjunto do país, que pôde contar com a valiosa contribuição de pessoas capacitadas e laboriosas, que puderam prestar valiosos serviços sociais junto à população.

Diante disto surge espontânea a pergunta: por que não acolher os médicos estrangeiros, ainda mais diante da carência de profissionais que faz com que centenas de municípios brasileiros estejam desprovidos de atendimento médico?

Diante de situações dramáticas, que precisam de solução urgente, dá para dispensar o apelo à tradição brasileira, de abertura para a diversidade cultural, e centrar nossa motivação na urgência humanitária de socorrer a tantos doentes que acabam morrendo por falta de médico.

Nenhum médico gostaria de ser acusado de omissão de socorro profissional, causado por sua irresponsabilidade.
Certamente a classe médica do Brasil não quer ser responsabilizada pela falta de atendimento profissional a tantas pessoas que precisam com urgência de socorro médico.

Fica o apelo para que a classe médica do Brasil, através de seus organismos de representação, coloque diante do Ministério da Saúde suas ponderações sobre esta demanda, para que se chegue rapidamente a uma solução, que não comprometa a imagem dos médicos brasileiros, não constranja os médicos estrangeiros, e sobretudo se transforme em medidas eficazes em favor dos doentes, para quem a saúde não tem nacionalidade, pois ela goza de cidadania universal.

Dom Demétrio Valentini/CNBB